Quinta-feira, 17 de Abril de 2008
Diz-se que contra factos não há argumentos. Hoje não me apetece escrever nada. Ponto! É um facto. Não me apetece escrever, não escrevo! É óbvio que isto não deixa de ser uma tremenda estupidez… Afinal de contas estou a escrever. Não estou a escrever nada, mas estou a escrever. Mas mesmo sem estar a escrever nada, estou a escrever qualquer coisa. Então “nada” é o quê? É a ausência de espaço ou de coisa alguma. Então não podemos estar no nada. É um não-lugar! Assim sendo, estou a escrever sobre qualquer coisa! Sinto-me estúpido e um bocado perdido.
- O que é que estás a fazer?
- Nada!
Mentira!!! O simples facto de estar num sítio sem mexer um dedo sequer já implica estar a fazer qualquer coisa! Está ali e pronto! É mais ou menos parecido ao que diz o Ricardo Araújo Pereira; “água com sabores não é água”.
Agora fora de parvoíces, fazendo jus ao título deste post, como não tenho um argumento válido para não escrever, vou dizer qualquer coisa que possa ter algum ponto de interesse. Enquanto procurava algumas curiosidades, encontrei uma notícia realmente estúpida e, visto que escrevo tanta coisa parva, achei por bem falar um pouco sobre a mesma.
O deputado Shlomo Benizri, do partido israelita Shas, afirmou que as práticas homossexuais provocaram os abalos sísmicos que se fizeram sentir em Israel recentemente. Esta afirmação assenta no Talmud (livro sagrado da religião judaica) que indica que uma das causas para os terramotos é a homossexualidade.
Caro senhor… Se seguir essa teoria, devo deduzir que o seu país está bem apetrechado! Ou então a prática homossexual não é muito comum por estes lados. É que não há muitos terramotos por aqui! Mas se não sabe, eu explico-lhe essa sua teoria; a isso chama-se argumento com recurso à ignorância, também conhecido por Argumentum ad Ignorantiam. É algo como dizer que alguma coisa acontece por uma razão visivelmente absurda! Capisce? Ou seja, aquilo que afirma é tão estúpido como o facto de eu me estar a dirigir a vossa excelência, sabendo, à partida, que não vai ler e, provavelmente, nem sequer entenderia (suponho) o que tenho aqui escrito! Vai-se lá perceber… A notícia completa está em http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=81606.
Terminada esta minha dissertação sobre nada, ou melhor dizendo, sobre algo, acho que não me resta nada por dizer. Ou terei ainda qualquer coisa? Tenho que ter qualquer coisa para dizer. Lá estou eu a sentir-me perdido e estúpido outra vez! Não posso não ter nada mais para dizer porque vou acabar por dizer alguma coisa até terminar de escrever. Enfim… Isto de pensar em nada está a dar comigo em doido! Já chega, ok? Chega! Vou acabar agora mesmo. Então e se escrever sobre tudo? É que nem vou começar! Até à próxima e mais não digo! Olé!!!